terça-feira, 11 de janeiro de 2011

AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE


O Ministério da Saúde (2000) define como competências para o Agente Comunitário de Saúde (ACS): o trabalho em equipe, as visitas domiciliares, o planejamento das ações de saúde, a promoção de saúde, a prevenção e o monitoramento de grupos específicos, a prevenção e o monitoramento das doenças prevalentes e o acompanhamento e a avaliação das ações de saúde.A figura do ACS, inserido na ESF, emerge como um elo entre a comunidade e o sistema de saúde, uma vez que deve residir na própria comunidade em que atua. Por ser parte da comunidade em que vive e para quem trabalha, conhece melhor as necessidades desta, compartilha um mesmo contexto social e cultural e um mesmo universo lingüístico e, portanto, está mais apto a lutar pelos direitos da comunidade e interagir na mesma, sendo decisivo no aumento da eficácia das ações de educação em saúde.
Além disso, a entrada no mundo familiar é sinônimo de contato com a intimidade das pessoas, com o seu universo privado, trazendo novas construções relacionais e novos sentidos para essas relações.
Os Agentes Comunitários não só se assemelham nas características e anseios da comunidade, como também preenchem lacunas, justamente por conhecerem as necessidades da população. São a mola propulsora para a consolidação do Sistema Único de Saúde, a organização dos serviços e a prática regionalizada e hierarquizada de assistência, na estruturação dos distritos sanitários. Ser ACS é ser povo, é ser comunidade, é viver dia a dia a vida da siciedade. É ser o elo entre as necessidades de saúde da população e o que pode ser feito para melhorar suas condições de vida. É ser a ponte entre o usuário e os demais profissionais e serviços de saúde.
Refletir acerca dos sentidos de “ser agente” nos permite perceber que a constituição do ACS como tal caracteriza-se como um processo, ou seja, não existe um agente comunitário de saúde a priori, mas ele se constitui agente a partir de suas vivências no cotidiano do trabalho que, por sua vez, é contextualizado sócio-historicamente.
Ser agente é:

“tornar-se um meio de comunicação entre a equipe e a comunidade, levando e trazendo informações para a construção da saúde; integrando o saber popular ao conhecimento técnico. É estar alerta às situações de risco de saúde da comunidade.”
(Vanilda Aparecida Cardoso – ACS ESF São Paulo)

Um abraço a todos esses profissionais que fazem de seu trabalho uma ferramenta essencial à qualidade de vida da população!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

TARDE COMUNITÁRIA - ESF SERRA VERDE

As práticas atuais de saúde, dentre elas a ESF, visam reorganizar a atenção à saúde em novas bases, levando a saúde para mais perto da família e melhorando a qualidade de vida dos usuários; rompendo com o comportamento passivo do modelo tradicional de atendimento e estendendo suas ações para e junto à comunidade. O novo pensar sobre saúde aponta para uma reestruturação e reorganização das práticas de atendimento para além dos muros das unidades.
Partindo desse princípio, a ESF Serra Verde utiliza já há alguns anos uma proposta de trabalho, com o objetivo de aproximar a unidade de Saúde da Família e a comunidade, possibilitando desta forma o desenvolvimento de ações conjuntas de promoção à saúde. Semanalmente (4ª feira) a equipe desloca-se a pontos específicos dentro de sua área de abrangência para a realização da “TARDE COMUNITÁRIA”, evento no qual os profissionais realizam atividades coletivas e individuais destinadas a toda a população local, promovendo e praticando a cidadania. A iniciativa demonstra o comprometimento da unidade de saúde com a população, que fortalece os vínculos já formados, através de acolhimento, atividades de lazer, orientação e atendimentos médico, odontológico, de enfermagem e de fisioterapia, sempre com a participação ativa dos Agentes Comunitários de Saúde e o entrosamento da comunidade.
Esse tipo de assistência é reconhecido em sua importância e em suas diferentes dimensões pelos profissionais, que a exercem de modo a buscar a integração e continuidade de suas ações desempenhadas.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Que venha 2011!!!


"Para você ganhar um belíssimo Ano Novo...
Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependimento pelas besteiras consumadas,
nem parvamente acreditar que por decreto da esperança
a partir de Janeiro as coisas mudem e seja caridade,
recompensa, justiça entre os homens e as nações;
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem que merecê-lo, tem de fazê-lo novo.
Eu sei que não é fácil mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre."
(Carlos Drummond de Andrade)

Um MARAVILHOSO 2011 para todos nós!


quarta-feira, 16 de junho de 2010

SAÚDE!!!

Tempos atrás, tínhamos a definição de saúde como condição única de não-doença. Conceito já ultrapassado para nossos dias, uma vez que ela é condicionada por uma série de fatores, tais como higiene, alimentação, moradia digna, educação, trabalho, lazer, transporte, saneamento, cuidados ecológicos, relações com os demais etc.
Enfim, muitos aspectos influenciam esse processo e, ampliando um pouco mais o conceito, a saúde pode ser compreendida como bem-estar físico, psicológico e social.
Nesse sentido, a Constituição Federal do Brasil legitima acesso à saúde como direito de todos, sendo responsabilidade do Estado a garantia do mesmo, fato assegurado através da lei 8.080, da implantação do Sistema Único de Saúde (SUS).
Essa lei traz os termos essenciais que constituem a base do SUS: promover, proteger e recuperar a saúde, levando em consideração a dimensão biopsicossocial da humanidade, ou seja, um atendimento de modo integral.
E assim, ao longo do tempo, tem sido unânime o reconhecimento acerca da importância de se criar um "novo modo de fazer saúde". Dessa forma, a origem do Programa Saúde da Família teve início, em 1994, como um dos programas propostos pelo governo federal aos municípios para implementar a atenção básica, substituindo o modelo tradicional de atenção à saúde a partir da prevenção de doenças e promoção à saúde, incorporando os princípios básicos do SUS. Atualmente, reconhece-se que não é mais um programa e sim uma Estratégia para uma Atenção Primária à Saúde qualificada e resolutiva.
Em Divinópolis, o programa teve início em 1996, primeiramente com quatro equipes, que foram reorganizadas com o passar do tempo, para que se adequassem às normas do Ministério da Saúde. Hoje, a cidade conta com 20 equipes, sendo 17 ESF e 03 EACS.
Apesar da implantação da estratégia do PSF no município há quatorze anos, ainda está presente um modelo de atenção à saúde misto. Existem muitas unidades básicas de saúde que não foram adequadas à nova realidade; e mesmo as equipes de Saúde da Família ainda apresentam muitas características do modelo tradicional medicocêntrico e curativo, com ênfase na doença e uma visão compartimentada do paciente.
Para que a Estratégia de Saúde da Família apresente resultados eficientes, é necessário que haja uma mudança de paradigmas, o que não acontece da noite para o dia, e sim de uma forma lenta e gradual. Faz-se necessário uma profunda mudança na forma de pensar, atuar e trabalhar a saúde, a partir dos princípios que se baseiam na universalidade de acesso, na equidade e na integralidade das ações.
Cabe ainda ressaltar o papel de cada cidadão brasileiro diante deste contexto. Assumir esse papel é fundamental, pois a Constituição garante o direito de participação popular na elaboração das políticas de saúde e de seu cumprimento. Isso se efetua por meio dos Conselhos de Saúde. Por isso, sabendo da situação deficitária do SUS no Brasil, precisamos considerar que muito se deixou de fazer por falta da contribuição dos próprios interessados: nós, os cidadãos brasileiros.
Enfim, para que se continue a transbordar o conceito de saúde para além da não-enfermidade, necessitamos repensar nossa colaboração, bem como visualizar a humanidade em seu caráter biopsicossocial, isto é, em todas as suas dimensões. Desse modo, será possível fazer emergir uma nova realidade moldada sob o propósito de promover, proteger e recuperar a saúde e, assim, o programa do SUS poderá, de fato, ser único e igualitário.